Bioma vem a ser uma comunidade biológica, ou fauna ou flora, com interações próprias e com o solo, água e ar. Áreas bióticas são áreas geograficamente ocupadas por biomas. São levados em consideração o mesmo tipo de clima e de vegetação, embora um bioma possa ter uma ou mais vegetações e diferentes animais. Por outro lado, como componente abiótico teríamos a energia radiante recebida na terra e vapor d'água. No Brasil, existem sete tipos de biomas: a Floresta Amazônica, o Pantanal, a Caatinga, o Cerrado, a Mata Atlântica, o Pampa e as Zonas Costeiras.
1 - Mata Atlântica:
Este bioma possuía na sua origem 4.000 km² e representava 8,5% da
área brasileira, e se estendia do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. É um bioma de grande biodiversidade, o maior do mundo. Há uma grande biodiversidade de animais, tanto vertebrados quanto invertebrados. O clima e a temperatura variam de região para região. É uma mata fechada com um grande número de espécies entre árvores e
bromélias. Nas regiões mais altas predomina a mata de araucária. A restinga, florestas mais baixas de árvores e arbustos, está associada à Mata Atlântica. É muito comum no Rio de Janeiro. A Mata Atlântica sempre foi submetida à exploração desde os tempos coloniais: extração do pau-brasil; ciclos do café e açúcar; o desmatamento pela chegada do parque industrial; a extração do palmito juçara; o tráfico de animais silvestres. Mas com o maior controle que está se verificando, as taxas de desmatamento diminuíram nos últimos vinte anos enquanto a área de floresta aumentou cinco vezes mais. Os solos são rasos, apresentam-se sempre úmidos e pouca luminosidade. O solo é pobre, mas uma camada de restos vegetais oriunda de folhas, caules, frutos cobre o solo formando matéria orgânica. A decomposição desta matéria orgânica é que garante o ciclo dos nutrientes: a planta, pelas raízes, absorve os nutrientes e os devolve ao solo, e assim por diante.
2 - Cerrado:Este bioma possuía na sua origem 4.000 km² e representava 8,5% da
área brasileira, e se estendia do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. É um bioma de grande biodiversidade, o maior do mundo. Há uma grande biodiversidade de animais, tanto vertebrados quanto invertebrados. O clima e a temperatura variam de região para região. É uma mata fechada com um grande número de espécies entre árvores e
bromélias. Nas regiões mais altas predomina a mata de araucária. A restinga, florestas mais baixas de árvores e arbustos, está associada à Mata Atlântica. É muito comum no Rio de Janeiro. A Mata Atlântica sempre foi submetida à exploração desde os tempos coloniais: extração do pau-brasil; ciclos do café e açúcar; o desmatamento pela chegada do parque industrial; a extração do palmito juçara; o tráfico de animais silvestres. Mas com o maior controle que está se verificando, as taxas de desmatamento diminuíram nos últimos vinte anos enquanto a área de floresta aumentou cinco vezes mais. Os solos são rasos, apresentam-se sempre úmidos e pouca luminosidade. O solo é pobre, mas uma camada de restos vegetais oriunda de folhas, caules, frutos cobre o solo formando matéria orgânica. A decomposição desta matéria orgânica é que garante o ciclo dos nutrientes: a planta, pelas raízes, absorve os nutrientes e os devolve ao solo, e assim por diante.
É conhecido também como a "savana brasileira". A extensão deste bioma é cerca de 2 milhões de quilômetros quadrados, ocupando 25% do território brasileiro. Sua localização está na Região Central com parte de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Maranhão, Minas Gerais, Piauí e São Paulo, e pequenas áreas em outros locais. É uma área de clima tropical, com altas temperaturas e uma
acentuada estação seca. Os solos, por sua vez, são muito ácidos, pobres em nutrientes, alto teor de alumínio tóxico, profundos, cor vermelha alaranjada, arenoso e pouca disponibilidade de água na superfície. São solos de baixa fertilidade: apenas a vegetação adaptada ao meio consegue sobreviver. Na estação seca, há predominâncias de queimadas por ação natural ou provocadas pelo homem. Mas o bioma Cerrado, como a Mata Atlântica, apresenta biodiversidade. Ele pode mostrar áreas de florestas - o Cerradão - o cerrado propriamente dito, ou área de campo - chamada campo limpo - com gramíneas e poucas árvores. A biodiversidade da floresta é alta e a fauna possui um grande número de formigas e cupins. As culturas da soja, trigo, milho, bem como a pecuária, têm contribuído para a devastação do bioma. Em 2002, foi estimado que 55% da área original do cerrado tinha sido transformada ou destruída pelo homem. Mas, atualmente, não estão sendo poupados esforços para a preservação do cerrado.
3 - Pantanal:
acentuada estação seca. Os solos, por sua vez, são muito ácidos, pobres em nutrientes, alto teor de alumínio tóxico, profundos, cor vermelha alaranjada, arenoso e pouca disponibilidade de água na superfície. São solos de baixa fertilidade: apenas a vegetação adaptada ao meio consegue sobreviver. Na estação seca, há predominâncias de queimadas por ação natural ou provocadas pelo homem. Mas o bioma Cerrado, como a Mata Atlântica, apresenta biodiversidade. Ele pode mostrar áreas de florestas - o Cerradão - o cerrado propriamente dito, ou área de campo - chamada campo limpo - com gramíneas e poucas árvores. A biodiversidade da floresta é alta e a fauna possui um grande número de formigas e cupins. As culturas da soja, trigo, milho, bem como a pecuária, têm contribuído para a devastação do bioma. Em 2002, foi estimado que 55% da área original do cerrado tinha sido transformada ou destruída pelo homem. Mas, atualmente, não estão sendo poupados esforços para a preservação do cerrado.
O Pantanal é uma grande planície alagada e situa-se na Região Centro-Oeste, formado nos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. É considerada a maior área alagada da América do Sul e do mundo. O Pantanal é o encontro de três biomas: Floresta Amazônica, o Cerrado e o Chaco paraguaio e boliviano. Por isto se encontra vegetação e fauna destes três tipos de biomas. As chuvas, no verão, são abundantes na
região ocasionando alagamentos. Em épocas de muita chuva, mais de 70% da área pode ficar alagada e quando seca forma lagoas que vão beneficiar a flora e a fauna. O pantanal possui grande biodiversidade, com bastante vegetação e fauna aquática. No tocante à pecuária, ela é bastante desenvolvida. Mas o bioma Pantanal encontra sérios problemas, como caça e pesca predatórias, tráfico de animais silvestres e a poluição das águas dos rios da região. Os solos são pouco permeáveis e a decomposição da matéria orgânica é lenta devido ao excesso de chuvas. Quando seca os alagamentos, a superfície do solo se cobre de areia, restos de animais e vegetais, sementes e húmus aumentando a fertilidade, pela decomposição destes resíduos orgânicos com a liberação de nutrientes para o solo e disponibilizados para as plantas.
4 - Caatinga:
Ocupa uma área de 800.000 km², localizado no nordeste do País. Abrange os Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pará, e algumas áreas localizadas na Bahia, Alagoas, Pernambuco e Sergipe. O bioma
está localizado, também, entre a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica e o Cerrado. As temperaturas são altas e as chuvas escassas. São solos pobres em matéria orgânica. Os solos são pedregosos e soltos. Encontram-se fragmentos de rocha na superfície. Há um período de seca que dura de sete a nove meses por ano. Quando chove acontece uma transformação na região: as árvores brotam folhas e a vegetação pequena cobre o solo. A biodiversidade da flora é baixa e a vegetação se adapta à escassez de chuva (xerofítica), como acontece no Cerrado. Entretanto, a fauna é pobre. É o bioma de menor proteção conservacionista.
5 - Floresta Amazônica:
está localizado, também, entre a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica e o Cerrado. As temperaturas são altas e as chuvas escassas. São solos pobres em matéria orgânica. Os solos são pedregosos e soltos. Encontram-se fragmentos de rocha na superfície. Há um período de seca que dura de sete a nove meses por ano. Quando chove acontece uma transformação na região: as árvores brotam folhas e a vegetação pequena cobre o solo. A biodiversidade da flora é baixa e a vegetação se adapta à escassez de chuva (xerofítica), como acontece no Cerrado. Entretanto, a fauna é pobre. É o bioma de menor proteção conservacionista.
Este bioma se estende por toda a Região Norte e parte das Regiões Nordeste e Centro-Oeste do País. O clima é quente e úmido durante todo o período anual. Neste bioma vamos encontrar:
- Matas alagadas - são as florestas inundadas pelos rios que fazem parte da bacia Amazônica, e compreendem dois tipos:
a) as várzeas - apresentam solo rico, maior biodiversidade, áreas alagadas ou não, com vegetação herbácea;
b) florestas de igapó - os solos são muito pobres, menor biodiversidade, alagadas permanentemente, sem vegetação herbácea no solo.
- Florestas de terra firme - é uma típica floresta amazônica úmida, a vegetação alta e densa, e apresentando uma grande biodiversidade de flora e fauna, com muitas espécies ainda não conhecidas pelo homem.
Até o ano de 2003 era estimado que 16% da Floresta Amazônica teria sido devastada. Existe um grande número de unidades conservacionistas neste bioma, com projetos de conservação da Amazônica. Entretanto, pela existência de locais de difícil acesso e o baixo contingente humano para fiscalizar, constitui um dos maiores problemas desta região. Nas áreas desmatadas, as chuvas provocam a lixiviação dos nutrientes tornando os solos pobres. Os poucos nutrientes que existem no solo são absorvidos pelas raízes e levados para as plantas que os devolvem para o solo, reiniciando o ciclo.
6 - Pampas:
Este bioma está localizado no Rio Grande do Sul e se estende até o Uruguai e a Argentina. O clima é quente no verão, enquanto no inverno as temperaturas são muito baixas, com formação de geadas e 
a incidência de chuvas é muito grande. Predominam as gramíneas e leguminosas e alguns arbustos. Existe, também, pequenas áreas de florestas, próximas aos planaltos. A biodiversidade é maior na fauna que conta com animais raros, migratórios e ameaçados de extinção. A pecuária é bem desenvolvida, na fronteira, e impera a prática da queimada que impede o crescimento da vegetação. Nas lavouras, o maior desenvolvimento se verifica nas culturas de trigo, milho, soja e arroz irrigado. A fertilidade do solo, em geral, é baixa. Nas chamadas "terra roxa" de cor vermelha, a fertilidade é melhor.
7 - litoral:
a incidência de chuvas é muito grande. Predominam as gramíneas e leguminosas e alguns arbustos. Existe, também, pequenas áreas de florestas, próximas aos planaltos. A biodiversidade é maior na fauna que conta com animais raros, migratórios e ameaçados de extinção. A pecuária é bem desenvolvida, na fronteira, e impera a prática da queimada que impede o crescimento da vegetação. Nas lavouras, o maior desenvolvimento se verifica nas culturas de trigo, milho, soja e arroz irrigado. A fertilidade do solo, em geral, é baixa. Nas chamadas "terra roxa" de cor vermelha, a fertilidade é melhor.
O litoral brasileiro é formado de manguezais, dunas, praias, baías, brejos, recife de corais, enseadas, e apresenta características regionais.
- litoral amazônico - formado de grandes manguezais, dunas e praias. A biodiversidade é grande em crustáceos, peixes e aves;
- litoral nordestino - formado de recifes, manguezais, restinga e matas;
- litoral sudeste - apresenta baías e pequenas enseadas, recifes, praias e a mata de restinga;
- litoral sul - muitos manguezais e rico em aves.
O manguezal é uma formação de árvores adaptadas a se desenvolverem em meio lodoso e água salgada. É um local muito procurado pelas aves marinhas para a procriação e crescimento dos filhotes, pelas aves na sua migração, e para a alimentação de peixes. Os manguezais enriquecem as águas marinhas com sais, nutrientes e matéria orgânica. O bioma possui uma grande biodiversidade. O maior problema encontrado é a poluição vinda dos centros urbanos pelo despejo de esgoto, e a pesca predatória. Existem unidades, como os parques nacionais marinhos de Abrolhos, na Bahia, e o de Fernando Noronha, em Pernambuco que protegem muitas áreas . Mas devido à grande extensão do bioma, é insuficiente.
Em 24/02/2010 foi assinado o "Projeto Biomas" entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil -CNA, e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA, visando identificar os diferentes potenciais de uso da terra, considerando o ambiente e o desenvolvimento da agropecuária sustentável. Os biomas comentados acima, com exceção do bioma litoral, serão unidades demonstrativas com 500 hectares cada uma, e que servirão como "padrão" para a produção sustentável. Mas isto vamos comentar em um próximo artigo.