Encontrando Fórmulas Similares de Adubos

06/04/2012 14:11

 

Temos a recomendação de nutrientes NPK, conforme a análise do solo, e no mercado existe uma enorme quantidade de fórmulas. Como escolhermos as que se adaptam à recomendação? Outras vezes nos é recomendada uma fórmula de fertilizante e não a encontramos no mercado. Como escolher outras que nos dêem a mesma quantidade de 
nutrientes variando apenas na quantidade a ser aplicada ao solo? Vamos tentar explicar como diversas fórmulas que estão na mesma relação de nutrientes podem ser usadas sem prejuízo na dose NPK.
Seja uma mistura de grânulos com fórmula comercialmente vendida como 05-30-15.
Isto quer dizer que esta mistura contém: 5% de Nitrogênio;30% de Fósforo (P2O5); 15% de Potássio (K2O) .
Isto quer dizer que em cada 100 kg deste adubo (2 sacos) teremos: 5 kg de N; 30 kg de P2O5 e 15 kg de K2O. Em 1.000 kg ou 1 tonelada teremos: 50 kg de N ; 300 kg de P2O5 e 150 kg de K2O .
Se somarmos os nutrientes da fórmula acima veremos que existe 50% de nutrientes ou seja 50 kg de NPK em 100 kg de adubo ou 500 kg de NPK numa tonelada.
Então vem a pergunta: Eu compro 100 kg de adubo e têm somente 50 kg de NPK. E os restantes 50 kg ?
Como não existem matérias primas que possuem 100% de N, 100% de P2O5 e 100% de K20, os restantes 50% são outros nutrientes que fazem parte da composição das mesmas. Por exemplo: o sulfato de amônio não contém somente nitrogênio (N) mas contém, também, na sua composição carbono (C.) e oxigênio (O).
O superfosfato simples além do fósforo (P) contém cálcio (Ca), hidrogênio (H) e oxigênio (O). O cloreto de potássio contém também, além do potássio, o cloro (Cl).
ESCOLHA DAS FÓRMULAS DE ADUBO BASEADO NA RELAÇÃO DE NUTRIENTES:
1. Vamos escolher uma cultura de milho e dentro das recomendações para o RS+SC, as referentes a um solo, com 2% de matéria orgânica, baixo teor de fósforo e muito baixo teor de potássio, correção gradual (1° cultivo).
Os valores encontrados foram:
Nitrogênio: 80 kg/ha ou seja 20 kg no plantio e 60 kg em cobertura;
Fósforo (P2O5): 85 kg/ha
Potássio (K2O): 110 kg/ha
Teremos então no plantio, na seqüência NPK :
20 (N) – 85 (P2O5) – 110 (K2O)
Dividindo estes números pelo menor (20), teremos uma relação: 1 – 4,25 – 5,5
Multiplicando-se estes índices por coeficientes, teremos diversa fórmulas NPK compatíveis que poderão ser usadas mas, é claro, em quantidades diferentes.
X 4 = 4 – 17 – 22
X 5 = 5 – 22 – 28
X 6 = 6 – 26 – 33
Todas são formulações compatíveis que podem ser usadas pois estão numa relação perfeita com as necessidades de nutrientes.
Se permite uma variação de ± 10% nas quantidades recomendadas para se adequarem às formulações de adubos existentes no mercado.
Para saber a quantidade de cada uma destas formulações para ser aplicada por hectare a operação é a seguinte: como os números das fórmulas estão numa relação perfeita entre eles, podemos usar qualquer um deles para calcular a quantidade.
Relembramos, como já vimos anteriormente, uma fórmula 5-30-15 quer dizer que em cada 100 kg teremos 5 kg de N, 30 kg de P2O5 e 15 kg de K2O .
Por exemplo a fórmula 04 – 17 – 22 encontrada acima: tem 4 kg de N, 17 kg de P2O5 e 22 kg de K2O em cada 100 quilos.
A fórmula matemática a ser empregada é:
N.A (kg/ha) = (Dose de nutriente recomendada x 100) / Teor do nutriente na fórmula (%) 
N.A. (kg/ha) = (20 x 100) / 4 = 500kg/ha
N.A (kg/ha = necessidade de adubo em kg/ha.
Portanto teríamos que usar 500 kg/ha desta formulação.
Se utilizarmos o teor de fósforo na formulação chegaríamos ao mesmo resultado.
N.A. (kg/ha) = (85 x 100) / 17 = 500 kg/ha

E se a escolha for a fórmula 5 – 22 – 28 ?
N.A (kg/ha) = = 400 kg/ha (baseado no teor de N) 5
N.A (kg/ha) = (20 x 100) / 5 = 400 kg/ha

E se a escolha for a fórmula 6 – 26 – 33 ?
N.A (kg/ha) = (20 x 100) / 6 = 335 kg/ha
Quanto mais concentrada a fórmula menor a quantidade de adubo por hectare.